É bem comum encontrarmos estudantes com Transtorno do Espectro Autista – TEA segurando o lápis de maneira incorreta. Isso deve-se ao fato de que grande parte deste público, também desenvolve distúrbios motores. Do lado esquerdo, mostro alguns casos recentes com os quais trabalhei.
É muito importante estimular a forma correta “trípode”, (quando utilizamos o dedo indicador, polegar e médio) desde a educação infantil, pois será difícil modificar este comportamento depois de aprendido de forma incorreta. É preciso dar exemplos, mostrar como fazer, repetir o quanto for necessário, contudo, de forma leve e com respeito às reais dificuldades motoras enfrentadas dentro do TEA.
A preensão incorreta faz com que o estudante faça um esforço maior, podendo gerar dores musculares e nas articulações, gerando cansaço que acabam por desestimular a escrita. Com as intervenções corretas, alguns conseguem modificar esse comportamento, outros não. Depende muito no nível do distúrbio motor de cada indivíduo. O importante é oferecer alternativas para que a escrita não se torne aversiva. Hoje em dia encontramos com facilidade em papelarias comuns vários tipos de adaptadores. Também é possível fazer algumas adaptações caseiras com E.V.A., veja alguns exemplos:
Todo comportamento pode e precisa ser ensinado passo a passo, não “suponha” que irão fazer ou perceber o que está certo ou errado sozinhos. Vale para crianças com ou sem deficiência e, quanto antes realizamos as intervenções, melhor!
Vou compartilhar uma experiência sobre esse assunto com vocês…