SIM! SIM! SIM! CLARO QUE SIM! Maaaas…
Quando falamos em educação inclusiva precisamos ponderar a que custo essa aprendizagem se dará. Eu sou 100% incentivadora do ensino “correto” da letra cursiva, segurar na mãozinha, demonstrar de várias formas o traçado correto (ondinha vai, ondinha vem, sobe e desce ). Não tem como deixar a criança aprender “sozinha”, só olhando e adivinhando o traçado, pois desta forma muitos se perdem pelo caminho e desanimam. Dá trabalho, mas esse é o nosso trabalho, não é? Ademais, é lindo de ver os benefícios gerados nesse processo.
Estudos validados cientificamente comprovam que o cérebro tem, com a cursiva uma analogia neural com as mesmas habilidades de aprender a música. Isso significa que tanto os inputs táteis como visuais e a coordenação visomotora contribuem para uma mudança necessária no cérebro do estudante que o preparará para adquirir com maior estrutura e rapidez a fluência leitora. (JANAINA SPOLIDÓRIO, 2022)
Contra evidencias científicas não se discute, né?
Assistam TODOS quando puderem, é sensacional!
CHEGAMOS NA PARTE DO MAAAS…
Aquela hora em que precisamos demonstrar nossas habilidades, sensibilidade e bom senso. Um certo dia recebi a queixa de que um aluno não estava acompanhando sua turma. Observando a foto, fica fácil saber o porquê, né? A letra cursiva era um desafio muito grande ainda para este estudante com TEA. Mas ali na hora da aula, diante de todo contexto da rotina de um professor, às vezes esses detalhes passam mesmo, né? O importante é que deu tempo de adequar o encaminhamento das atividades antes que prejudicasse seus avanços e autoestima.
A professora entregou para o aluno a folha impressa da qual havia tirado as informações e estava com letra bastão para que copiasse dali. A lição foi refeita e a diferença foi incrível!
Resumindo: Ele estava alfabetizado e compreendia a leitura na letra cursiva. Só não havia desenvolvido ainda habilidades de motricidade fina para tal, e talvez futuramente desenvolvesse, ou não… Isso era o mais importante no momento? Não. Porém devido a dificuldade que encontrava diariamente nas atividades estava desanimado e “tacando fogo no parquinho”
TODO aluno com dificuldade tem direito à adequações e flexibilizações diante de suas necessidades. Dentro do TEA, isso é algo que precisa fazer parte do Planejamento Educacional Individualizado.
Com essa experiência aprendi que: apesar da minha paixão por ensinar letra cursiva, nem tudo é para todos, certo? Até a próxima história…